Aos 80 anos, Zezé Motta continua ativa e enfrentando o preconceito etário com coragem. A atriz, atualmente no ar na série ‘Fuzuê’ como a Dama de Ouro, revelou que recebeu críticas por estar namorando na terceira idade, e ela respondeu de forma poderosa: “Não estou morta!”
Conhecida por seu icônico papel como Xica da Silva no filme de 1976, Zezé Motta compartilhou em suas redes sociais que as pessoas ficam surpresas ao descobrir que ela ainda vive um relacionamento amoroso. Ela disse: “Tem gente que fica assim: ‘Nossa, você tem namorado?’. Eu respondo: ‘Claro! Não estou morta!'”.
Além disso, a artista usou suas redes sociais para destacar o etarismo presente na indústria do entretenimento brasileira. Ela compartilhou um episódio recente em que experimentou esse preconceito:
Recentemente, senti esse etarismo durante uma gravação. Terminamos uma cena e várias pessoas vieram até mim. Eu disse: ‘Gente, calma, está tudo bem!’. Eu faço exercícios com um personal trainer, caminho, me cuido e estou bem”, assegurou.
Zezé Motta não está sozinha em abordar esse preconceito. A atriz Susana Vieira, que recentemente completou 81 anos, também fala frequentemente sobre o tema. Durante uma entrevista, ela destacou o etarismo na dramaturgia, afirmando que a indústria tem preconceito com os idosos.
Susana explicou que é improvável que seja chamada para participar de novelas no futuro devido à preferência por protagonistas jovens. Ela disse: “Nas novelas brasileiras, os protagonistas sempre têm que ser jovens. E a maioria dos jovens é inexperiente, então acaba que os melhores papéis são dos mais velhos. O casal está lá, beijando, transando, com muito texto, mas nós entramos em duas cenas e montamos o capítulo.”
A atriz também mencionou que, embora os internautas tentem ofendê-la chamando-a de “velha”, isso não a afeta. Ela enfatizou a celebração da idade como um sinal de maturidade e experiência, dizendo: “Quem é o jovem que ganha um Prêmio Nobel? Quem entra na Academia Brasileira de Letras? São os jovens de ‘Malhação’? Não são! Me chamar de ‘velha’ ou perguntar se ‘essa velha não morreu’ é o maior insulto. Mas não me ofende, porque estou velha, mas não me sinto velha.”
A força e a atitude dessas duas artistas inspiram a quebrar estereótipos relacionados à idade na indústria do entretenimento e na sociedade em geral.